A Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) da UBI recebeu esta semana a quarta edição da Feira de Emprego, organizada pelo UBIPharma, Núcleo de Estudantes de Ciências Farmacêuticas, e que contou com a participação de oito associações e empresas de todo o país, oferecendo aos alunos oportunidades de estágio e emprego.
O evento destacou a importância de iniciativas que conectam os alunos ao mercado de trabalho, proporcionando uma visão mais prática nas diversas carreiras no mundo farmacêutico. Das instituições que estiveram presentes destacam-se a Labialfarma, a Farmácia Grão Vasco e a Associação Nacional de Farmácias.
A Labialfarma é um laboratório da indústria farmacêutica de Mortágua, que produz medicamentos e suplementos para consumo humano. Joana Ferraz, responsável pelo Recrutamento e Formação da empresa, salientou a importância de iniciativas como esta para os alunos, destacando que muitos “não sabem onde procurar oportunidades nem sabem o funcionamento do setor farmacêutico em Portugal”. “Dentro da indústria farmacêutica existe um vasto campo de oferta de trabalho, em diferentes áreas, que vai desde a parte da produção, a parte do planeamento e das compras, da parte do desenvolvimento farmacêutico, e até mesmo a parte da operação dentro da nossa indústria “. A Labialfarma já colaborou com alunos da UBI em estágios anteriores, e está aberta a receber novos estagiários.
A intervenção de um farmacêutico comunitário na sociedade foi um aspeto que foi mencionado durante a manhã na FCS. Durante o evento, a Associação Nacional de Farmácias apresentou o seu “guia prático de estágios”, concebido para assegurar que os futuros profissionais se possam orientar melhor no mercado de trabalho.
Pedro Rocha, que é farmacêutico comunitário e representante da Associação, destacou o impacto humano da profissão: “Muitas vezes, somos um ponto de apoio para os pacientes e, com uma palavra ou aconselhamento, podemos fazer a diferença no dia de alguém “. Pedro compartilhou a história inspiradora do Senhor António.
As oito associações presentes trouxeram brindes, folhetos informativos e vídeos interativos que explicavam mais sobre as suas atividades. Os alunos aproveitaram a oportunidade para trocar contactos e esclarecer dúvidas, criando pontes importantes para o futuro profissional.
“É importante atrair novos membros para a farmácia comunitária e desde cedo é importante que os alunos do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas percebam que é importante ter um contacto mais prático com a área”. Cláudia Carvalho, farmacêutica da Farmácia Grão Vasco, em Viseu, sublinhou que o papel do farmacêutico vai muito além da simples entrega de medicamentos: “preocupamo-nos sobretudo com o acompanhamento terapêutico dos utentes “. Para Cláudia, eventos como este são essenciais para que os estudantes compreendam a real dimensão da profissão.
Dezenas de alunos do curso visitaram os sete stands presentes na Feira de Emprego que tinha por objetivo ampliar a visão dos estudantes sobre o mercado de trabalho para além das oportunidades que existem na região.
Rita Gonçalves, organizadora do evento e coordenadora do Departamento Pedagógico do UBIPharma, destacou que embora a Covilhã ofereça opções limitadas, como farmácias comunitárias e hospitalares, o setor farmacêutico tem uma vasta gama de oportunidades por todo o país. “É abrir horizontes e não nos sentimos só na nossa área porque a maioria deles, infelizmente, não vai ficar aqui a trabalhar, irá para outros locais do país e então é preciso mostrar-lhes que existe muita oferta no nosso país”.
Por outro lado, para os estudantes, o contato direto com os profissionais foi um dos pontos mais valorizados. Alexandra Jorge, finalista do Mestrado em Ciências Farmacêuticas, destacou a importância desse diálogo. “Este evento ajuda-nos a ver todas as áreas onde podemos trabalhar após o curso e a tirar dúvidas diretamente com os representantes das empresas”, comentou, reforçando que a feira proporciona “uma preparação mais sólida para a entrada no mercado de trabalho”.