O concerto de abertura desta edição foi protagonizado por uma interpretação da obra “Percussio”, de Luís Cipriano, por parte do Trio Merak, composto por André Nadais, Francisco Cipriano e Pedro Tavares.
Inspirada na Senhora do Almortão e nos contrastes do sacro e profano dessa romaria, “Percussio” foi escrita para instrumentos tradicionais de percussão aliados a elementos sonoros resultantes de materiais do dia a dia. A obra explora temas populares misturando a percussão clássica com instrumentos ancestrais como adufes e cântaros e transporta os espetadores para a natureza através de elementos como folhas, pedras, sons e luz ambiente. O espetáculo teve uma duração de 50 minutos e captou a atenção de um público de todas as idades.
Após o espetáculo decorreu a entrega de prémios das categorias A e B do concurso, nas quais estiveram em prova 18 candidatos. A organização procedeu ainda à doação de um conjunto de instrumentos de percussão ao Agrupamento de Escolas Pêro da Covilhã (AEPC).
O Concurso Internacional de Percussão da Beira interior realiza-se na cidade da Covilhã e teve a sua primeira edição em 2016, até à data já participaram 222 concorrentes vindos do norte a sul de Portugal e de países como Holanda, Espanha, Suíça, Venezuela, Itália, França, Alemanha, Hungria, Japão e Brasil.
Este ano o evento contou com a inscrição de 45 músicos, repartidos em cinco categorias etárias, dos 10 aos 30 anos de idade, oriundos de quatro países (Portugal, Espanha, Brasil e Japão). A avaliação ficou a cargo de um júri constituído por vencedores de anos diferentes, presidido pelo percussionista e professor Marco Fernandes.
O evento terminou no domingo com a revelação dos vencedores Manuel João Dias e Tomás Moital, das categorias C e D, que terão direito a um prémio cujo valor total é superior a 15.000 euros.
Na quinta-feira, dia 13 de abril, foi a vez de os júris subirem também ao palco com um concerto, tomando o papel dos concorrentes.