Baseada na obra de Eduardo Lourenço e com direção de Marco Ferreira, a apresentação teve uma abertura atípica, fora da sala de espetáculo, onde as personagens interpretadas por Carmo Teixeira, Danilsa Gonçalves e Elsa Pinho, se juntaram aos espectadores. A cena inicia-se após a entrada no palco pelos “bastidores”, marcando um ambiente diferente do habitual, onde estavam posicionadas poucas dezenas de cadeiras, criando uma atmosfera intimista que permitia à plateia estar a poucos metros da ação. A peça, de teor interativo, tornou os espectadores parte da própria atuação.
“O Esplendor do Caos” faz o público questionar o estado de caos civilizacional, económico e cultural que se vive no mundo. A peça coloca em perspetiva a “normalidade” vivida por uns no interior do caos de outros, onde a solidariedade é escassa e os indivíduos são moldados pela informação que recebem e os media que consomem, toda ela fruto das ideologias de uma forçada hegemonia mundial, que se aproveita de um povo consumista e com falta de cultura.