A Bênção dos Finalistas da Universidade da Beira Interior trouxe de novo à Covilhã os dias mais movimentados do ano, especialmente no que ao comércio local e restauração diz respeito.
Centenas de estudantes e as suas famílias procuram o local ideal para o almoço, normalmente já tardio, neste dia de celebração. Numa cidade já lotada por todos os cantos, os arredores costumam ser opção para os mais atrasados nas reservas ou para os que procuram escapar à confusão.
No Fundão, o movimento é notado, especialmente entre os restaurantes.
Na Casa dos Leitões, a responsável da qualidade, Nádia Cipriano, explica que “nem foi possível responder a toda a procura que tivemos”. Com três salas cheias com cerca de 170 pessoas, prepararam-se ementas específicas para este dia que variam entre o ex-libris da casa e o mais pedido – o leitão – e pratos tradicionais como o cabrito, o lombinho de porco ou o bacalhau assado no forno.
A preparação para este dia é grande, e não há folgas para nenhum elemento da equipa jovem de vinte e três elementos que trabalha para um bom ambiente neste dia de festa. Para a Casa dos Leitões é um dia de muito trabalho, mas também gratificante “porque vêm pessoas de todo o país e divulgamos o espaço”.
Na Quinta Vale Jardim, na Aldeia Nova do Cabo, o dia é descrito pela proprietária como “impecável”, mas considera-se suspeita na opinião. A ementa passa pelo que “os meninos escolherem”. Este ano o menu e os preços do ano passado serviram a todos os interessados. Neste local, “procura servir-se a comida caseira, com alimentos biológicos recolhidos na quinta”. Receberam finalistas de dois ou três cursos que esperam passar a informação para os próximos anos, garantindo casa cheia mais uma vez.
Pela Serra da Estrela também se enchem os estabelecimentos. O restaurante Varanda da Estrela recorda lotação esgotada nos últimos 10 anos, com cerca de 120 pessoas. Como já é tradição preparam pratos exclusivos: as iguarias passaram pelo bacalhau com crosta de broa, a perna de pato confitada e o pernil de leitão. O responsável, David Timóteo, diz já ter visto “mais espírito ‘ubiano’ do que hoje em dia” porque “é cada vez mais cada um por si”, com a sua família; mas ainda é do tempo em que os estudantes se “juntavam em grandes festas. É um fim de um ciclo e início de outro e um concretizar de um objetivo de muita gente” que contagia o ambiente do espaço com “um clima de amor”.
Para o próximo ano esperam-se novamente muitas reservas e um dia de muita confusão e trabalho, mas recompensador, acreditam os entrevistados.