O evento teve a participação de 8 leitores e a organização da sessão decidiu organizar um convívio antes do início da mesma com “comes e bebes” para todo o grupo. Depois desta confraternização realizou-se o início da sessão de leitura, onde cada participante decidiu trazer os livros já lidos, escolhendo um deles para ler breves excertos na sessão. Foram lidos trechos de livros como “ Todas as Cosmicômicas “, “ Memórias da Plantação “, “ Roma “, “ A Palavra que Resta “, “ A Biblioteca da Meia Noite “, “ O Preto Muito Português “, “ Quadros da Memória “, “ A Hora dos Lobos “, “ A Cicatriz “.
Neste tipo de sessões não há regras para o que vai ser lido, os livros escolhidos podem ser de diversos temas, autores ou países, criando um espírito de liberdade na leitura em todo o grupo. O grande objetivo deste evento passa por partilhar vários estilos literários, dar a conhecer autores uns aos outros e acima de tudo conviver. Sílvia Ferreira ainda refere que “não queremos estar acorrentados a um só livro e a um só estilo “.
As Leituras Nómadas surgiram em 2017 no âmbito do Festival Y de Artes Performativas. A Quarta Parede começou a organizar estas sessões à volta da literatura de escritores africanos de expressão portuguesa, e de lá para cá houve apenas uma paragem devido à pandemia e em 2021 decidiram regressar em parceria com a Biblioteca Municipal da Covilhã, enquanto o grupo foi crescendo e aderindo com frequência a estas sessões. Marina Moura, uma das participantes mais antigas, diz que já aprendeu muito com estes eventos: “Há livros que nunca me passariam pela cabeça se não fossem falados aqui… toda a gente tem gostos diferentes e que acabam por despertar a curiosidade para outros livros “.
Estas sessões são realizadas mensalmente. As datas não estão definidas e são decididas pelos participantes, não existe um local certo e um horário definido, as sessões são previamente publicadas nas redes sociais da Quarta Parede e da Biblioteca Municipal da Covilhã e são abertas ao público em geral, caso alguém queira participar deve contactar a organização com antecedência de modo a conhecerem o projeto e saberem para o que vão.
