Foi na noite de terça-feira que a companhia de teatro profissional Baal17 apresentou, no Auditório das Sessões solenes da Universidade da Beira Interior, a peça “A noite canta os seus encantos”, uma encenação intimista e trágica em que um casal aprofunda a disfunção do seu relacionamento.
Esta peça de John Fosse, encenada por Luís Varela, conta a história de um casal que se encontra numa fase difícil do seu relacionamento, uma vez que o marido caiu numa depressão por não conseguir publicar o livro que escreveu em nenhuma editora. É esse acontecimento que traça o rumo de uma peça com elementos trágicos mas também momentos de comédia.
O ambiente na sala foi sempre muito escuro e soturno, com alguns intervalos de silêncio, porque como disse Luís Varela no final da peça “o mais importante são os silêncios e o que não se diz”. No final do espetáculo os artistas, bem como o encenador, deram conta da sua experiência ao fazer esta peça e responderam a perguntas do público.
Hugo Henrique, estudante do curso de Ciências Biomédicas, diz que esta peça “foi incrível” e que os atores “fizeram um trabalho tão bom que pensei que o protagonista fosse maluco”.
Esta exibição está inserida em mais um Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior, organizado pelo Teatrubi em conjunto com a companhia de teatro ASTA. O ciclo consiste
em exibir produções de companhias de teatro universitário e profissional. As companhias universitárias habilitam-se a ganhar dois prémios: do público e do júri.
Carmo Teixeira, uma das diretoras da companhia de teatro ASTA, afirma que o teatro universitário é uma secção onde existe muita liberdade para se experimentar “um bocado de tudo”.
Este ciclo de teatro tem 28 anos e é o mais antigo do País, mas não sem encontrar grandes dificuldades ao longo deste percurso, como explica Carmo Teixeira:
O 28º Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior começou a 7 de março e termina amanhã, tendo contado com peças de todo o país e até da América latina.
