De olho nas mudanças climáticas e na água potável como um direito, o Thirst Project UBI tem um objetivo nobre: aproveitar o ambiente universitário para angariar fundos e construir poços em comunidades isoladas e com quase nenhuma infraestrutura. Na prática, a tarefa é arrecadar verbas através de eventos, festas e noites de cinema, entre outros eventos, em parcerias com outros núcleos.
Em novembro, a equipa do Thirst Project UBI, através do “Rally Faculdades”, explicou a iniciativa para a comunidade académica. Segundo Erica Filipa, líder da equipa da UBI, todo o dinheiro angariado nos eventos é enviado para a equipa nacional a fim de financiar a construção de poços. Cada um, abastece de água potável aproximadamente 500 pessoas, durante 40 anos.
Desta vez, o país escolhido para receber os poços é o Reino de Essuatíni, localizado na África Austral, na fronteira com Moçambique. “Infelizmente, é onde a maioria da população não tem acesso a água potável”, afirma Naomi Rodrigues, vice-líder do Rally Faculdades, criado em 2024. Além de ser um país com elevada escassez de água, o Reino de Essuatíni apresenta níveis elevados de infeção pelo vírus HIV, o que o torna o principal foco desta organização para ajuda humanitária.
O projeto tem apostado na comunicação por meio das redes sociais para alcançar o maior número possível de pessoas. De acordo com os organizadores, esta visibilidade ajuda o projeto a ganhar mais credibilidade e interesse por parte do público. “Para nós, o acesso à água potável é uma coisa completamente normal. E quase nunca se pensa que o acesso a água para algumas pessoas acaba por ser um privilégio. É importante ajudar os outros, termos mais empatia e termos noção de que o que para nós é uma coisa do dia-a-dia, para outras acaba por ser inimaginável”, afirma Érica.
A comunidade académica é convidada a se juntar à causa que e também fazer parte da organização.


























