O Teatro Municipal da Covilhã (TMC) recebeu a oficina de movimento “Corpos Mutantes”, conduzida pela intérprete, criadora e formadora em dança contemporânea Daniela Cruz, no passado dia 31 de maio. A atividade integrou o programa Oficinas Concomitantes, promovido pelo Serviço de Comunidade e Mediação de Públicos do TMC, que visa aproximar o público dos processos de criação artística.
Daniela Cruz, reconhecida pela sua carreira como bailarina e criadora, trouxe para à Covilhã um olhar sensível e provocador sobre a dança enquanto linguagem em transformação. Com formação pela Codarts, em Roterdão, e colaborações com figuras como Marco da Silva Ferreira, Victor Hugo Pontes e a Companhia Instável, a artista tem vindo a desenvolver um trabalho ligado à criação colaborativa e à mediação cultural.
A oficina ofereceu aos participantes “uma experiência imersiva”, baseada na exploração de “corpos em constante mutação, que se transformam através do contato, da escuta e da improvisação guiada”. Em grupo e individualmente, os participantes foram convidados a descobrir novas formas de expressão corporal, através de jogos e exercícios criativos.
Diana explicou como surgiu esta oportunidade: “O teatro convidou-me para fazer uma oficina de movimento, associado ao espetáculo, para partilhar uma experiência diferente. Escolhi Corpos Mutantes porque foi uma das cenas do espetáculo que mais trabalhei. As pessoas que participaram tiveram uma pequena noção de como era se estivessem no palco atuar, e tiveram a experiência de como é ter dois corpos juntos, explorando a sua criatividade.”
Luís, um dos participantes, destacou a ligação entre o espetáculo e a experiência prática. “Foi interessante, porque, como assisti à peça antes da oficina, consegui experienciar um pouco daquilo que as atrizes fizeram em cena. Tudo foi baseado na improvisação, o que exigiu trabalho em grupo e à vontade para desenvolver os movimentos e a imaginação. Durante aquela hora, todos fomos transportados para o palco na nossa imaginação.”
“Corpos Mutantes” foi mais uma proposta original das Oficinas Concomitantes, “reafirmando o compromisso do TMC em oferecer experiências artísticas acessíveis, participativas e enriquecedoras para a comunidade”.
