Estudantes de Sociologia discutem violência e liberdade de expressão na era digital

A violência digital, discursos de ódio, inteligência artificial e liberdade de expressã foram os temas que alimentaram aceso debate nas Jornadas de Sociologia da Cultura e da Comunicação. O evento decorreu na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da UBI, no dia 3 de junho.

Tratou-se de uma iniciativa organizada por estudantes e docentes da unidade curricular “Sociologia da Cultura e da Comunicação” do 2º ano da Licenciatura em Sociologia, para abordar temas atuais relacionados com a cultura, comunicação e sociedade contemporâneas.

As jornadas foram estruturadas em dois painéis temáticos. O primeiro, “Violência(s): do online ao offline e vice-versa”, contou com intervenções de Caroline Patatt (FAL- UBI), Diana Silva (CooLabora) e Nuno Augusto (FCSH-UBI), e abordou o impacto crescente da violência digital, como o discurso de ódio online, e a sua transposição para contextos offline, cruzando olhares das áreas da comunicação, sociologia e intervenção social.

O segundo painel, “Liberdade de Expressão em Tempos de IA”, reuniu Fátima Santos (FAL-UBI), Nuno A. Jerónimo (FCSH-UBI) e Pedro Jerónimo (LabCom-UBI), para discutir os desafios emergentes que a Inteligência Artificial coloca à liberdade de expressão, à criação artística e à liberdade de imprensa.

Matilde Jorge, aluna do 2º ano e uma das responsáveis pela organização, conta que “este tipo de dinâmicas é importante pois refletem a nossa preocupação com estes temas, enquanto jovens, na sociedade atual”.

Pedro Jerónimo, confessa que há uma vigilância maior dos jornalistas devido a reações online, “sobre tudo daqueles que estão nas redes sociais e que se identificavam como jornalistas, pois atualmente existe um escrutínio maior”.

Com entrada livre e espírito crítico em alta, as jornadas mostraram como a universidade pode, e deve, ser palco de debates que acompanham os grandes desafios do nosso tempo.

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