Pedro Janela apresentou-se no New Hand Lab, no dia 10 de maio com o seu espetáculo da tour “I’ts all in your head”. Este músico, compositor e pianista singular convidou o público para uma experiência única, onde a fusão entre a música clássica e eletrónica foram as protagonistas.
Tal como o nome da tour indica, este concerto intimista tem uma particularidade: a música tocada é ouvida no espaço envolvente, mas, com recurso a fones, as pessoas presentes têm acesso a uma experiência de imersão num novo mundo, com a ajuda de efeitos especiais.
Para além dos fones, as luzes, cenário e cheiros presentes em algumas das músicas apelam a quase todos os sentidos dos ouvintes. Entre os vários temas tocados, as luzes acompanhavam e transmitiam sentimentos. A alternância entre luzes quentes e luzes frias contribuía para a sensação de felicidade, segurança ou incerteza, conforme a música tocada.
No palco, Pedro Janela fez se acompanhar de um piano, sintetizadores, um cristal baschet e de um harmonium, este último que foi construído pelo seu avô. O instrumento que através da sua sonoridade enriquece a sua viagem musical, transportando sentimentos e sonhos.
Paulo Dias, uma das pessoas presentes no público, diz se satisfeito com a prestação do músico: “Correspondeu às minhas espectativas, já tinha espreitado no YouTube e foi bom aproveitar ao vivo. (…) As pessoas devem usufruir daquilo que estão a ouvir, e acho que foi o que aconteceu. Foi um momento muito bonito, de que muita gente gostou e é isso que interessa”.
Num período de hiato que teve na composição de bandas sonoras de filmes, o projeto de Pedro Janela foi surgindo, pouco a pouco: “Eu fui construindo isto ao longo do tempo; sou amante dos sintetizadores, também toco piano, e decidi expressar-me de forma artística através deste instrumento que é o teclado. O teclado não se confina só ao piano, embora seja o meu instrumento de base, mas sempre mantive contacto com os sintetizadores nos anos 80 e sempre gostei muito deste universo. Gosto de juntar o timbre do piano, que é mais acústico e orgânico, com o timbre dos sintetizadores, assim surgindo este espetáculo.”
O concerto transmite uma narrativa, mas depende de cada um para a interpretar à maneira de cada um; “É uma viagem, e cada um faz a sua; tivemos os títulos das músicas projetados que acho que isso ajuda ainda a viajar mais, mas no fundo a narrativa é individual, e acho que isso é que é a magia da arte” acrescenta ainda o músico.
A tour irá passar por cidades como o Fundão, a 15 de junho e, mais tarde, em Lisboa e Coimbra, a 2 de julho e 26 de outubro.