Cultura Reconsiderada é o novo livro da autoria de Urbano Sidoncha, docente da UBI, tendo sido apresentado quinta-feira, dia 30 de março, no Teatro Municipal da Covilhã. A obra, com prefácio de Fernando Pereira Marques, é uma publicação conjunta das editoras Documenta, de Portugal, e da PUC Rio e da Nau Editora, do Brasil, pelo tendo sido apresentada, em simultâneo, nos dois países.
A apresentação do livro foi organizada pela associação sem fins lucrativos, Quarta Parede, com a diretora artística, Sílvia Pinto Ferreira, a destacar “o grande contentamento que é para a Quarta Parede esta publicação, por aquilo que ela contribui para tornar a investigação sobre cultura mais acessível”
Cultura Reconsiderada, como se pode ler na sinopse “é um livro que nasce das perplexidades saídas de um esforço continuado de reinterpretação do que está em causa na discussão do conceito de Cultura e do universo teórico em que se movem atualmente os Estados da Cultura.” Nesta sinopse, Fernando Pereira Marques afirma que Urbano Sidoncha dá um importante contributo para uma “teoria da cultura e até para uma redefinição da cultura”, deixando a esperança que “o trabalho nestas páginas plasmado prossiga e floresça, e que na Universidade da Beira Interior não se apague a chama crítica e academicamente prometedora há anos acesa e para a qual o autor tanto tem contribuído”.
Na mesma linha, André Barata, presidente da Faculdade de Artes e Letras da UBI e da Sociedade Portuguesa de Filosofia, que apresentou a obra, referiu que ela “reúne um conjunto de ensaios de grande relevância”. André Barata fez uma análise detalhada com diversas citações e exemplos da obra, que “tem densidade e ficar com o leitor” permitindo muitas leituras e interpretações. “É isso que se espera de uma obra”, disse ainda.
Por seu lado, Urbano Sidoncha referiu-se a Cultura Reconsiderada como a intenção de reverter um diagnóstico, que o seu, de uma cultura desconsiderada, argumentando, mais adiante, ser “uma resposta ou reação para uma cultura desconsiderada”. O autor destaca igualmente que na obra “o leitor encontrará um fio condutor pensado para ser claro e que permitirá adentrar-se no volume com segurança.” Disse ainda que os trabalhos foram criteriosamente escolhidos “com essa preocupação, estabelecendo quase um modelo de precedências, em que cada capítulo prepara sistematicamente o leitor para o capítulo seguinte, conferindo ao livro uma unidade”.
Bernardo Silva, um dos participantes, confessou não ser da área de cultura, mas acredita que a apresentação lhe proporcionou uma perspetiva alargada sobre o tema. “A área da cultura sempre me despertou bastante interesse e no futuro pretendo explorá-la profissionalmente”, disse Bernardo Silva
Urbano Sidoncha comparou o seu estado de espírito com a lotação da sala: “estou de alma e coração cheios”. A carga efetiva emocional presente deu origem a uma aura intimista entre os oradores e o público, que também teve espaço para o sentido de humor.