A música é muito mais do que uma combinação de vários sons e ritmos, é uma forma de expressão capaz de unir culturas e aproximar corações. O “Encontro de Músicas de Natal” organizado pelo Coro da UBI transformou, no dia 4 de dezembro, o Auditório da Biblioteca Central da universidade num espaço de celebração e partilha.
A noite juntou estudantes, antigos membros da comunidade académica e curiosos que quiseram ouvir o Natal noutras línguas, desde as músicas tradicionais portuguesas até aos ritmos africanos. Mais do que simples canções, eram memórias, tradições e histórias que atravessam fronteiras nas vozes de cada um.
Uma das vozes que marcou esta noite foi a de Eliana Pereira, estudante de mestrado em Engenharia e Gestão Industrial e natural de Angola. Para ela, o coro representa um lugar de acolhimento, algo que muitas vezes faz falta a quem está longe de casa. “Poder participar no coro acaba por ser algo tranquilizante, porque as pessoas no coro encontram uma família e sentimos-nos todos muito bem uns com os outros”.
Naquele auditório, não importava o país onde cada um nasceu, nem a língua que falava, mas sim o gesto de partilhar. Goretti Valente, dirigente do coro, destacou a importância da música na interculturalidade: “É muito importante porque é um fator de integração e de acolhimento. A música é uma linguagem universal e, por isso, toca a todos”.
O Coro da UBI não se limita a reunir vozes, ele mostra que a música tem uma capacidade única de aproximar pessoas, independentemente da sua origem ou língua. Talvez seja a força de iniciativas interculturais como esta, que tem o poder de transformar a universidade num ponto de encontro, onde as diferenças não afastam, mas aproximam.
No fim, fica a sensação de que o Natal não foi apenas celebrado, foi partilhado. E que, mesmo longe de casa, há sempre um refrão capaz de nos juntar.













