Sporting da Covilhã 3 x 2 Moncarapachense: Lucas Duarte levou os Leões às alturas na Taça de Portugal

Jogadores do Sporting da Covlhã a comemorar a vitória com os adeptos. Foto: Laura Nunes.
Duelo foi decidido no último momento da partida e o próximo adversário na prova será o Rebordosa. 

O Sporting Clube da Covilhã garantiu a classificação à 3ª fase da Taça de Portugal. O apoio das bancadas do Estádio Municipal Santos Pinto tornou o que parecia impossível em realidade.  Isto porque o jogo acabou com 3 a 2 a favor da equipa da casa, que marcou dois golos entre os 93 e 98 minutos da segunda etapa. O resultado veio através da insistência dos avançados covilhanenses, que eram favoritos nesta ronda da prova. 

O favoritismo viu-se contra
Desde o primeiro minuto, o Sporting da Covilhã esteve à procura da baliza adversária. As oportunidades criaram-se, sobretudo, pelo lado direito, com Nico. No entanto, alguns erros individuais eram vistos no relvado. 

Erros estes como o do guarda-redes Rafa, do Sporting, que esteve próximo de gerar o golo adversários aos 8 minutos. Em seguida, a resposta covilhanense: Diogo Ramalho acerta um belo remate de fora da área, que ainda toca na trave, para inaugurar o marcador no Santos Pinto: 1 a 0 para o Sporting da Covilhã.

Diogo Ramalho, meio-campista do Sporting Covilhã, comemora o primeiro golo. Foto: Laura Nunes.

Já aos 14’, o Moncarapachense deu indícios de que a bola aérea seria a sua arma fatal. Os visitantes levaram perigo na tentativa de Isaías, mas a defesa conseguiu afastar. Mesmo após sofrer o golo, a equipa do Algarve não se intimidou com os cânticos adversários e pressionou os donos da casa no setor de ataque. 

Aos 23’, o Sporting esteve próximo de ampliar. A criação começou pelo lado esquerdo com Nico, que passou a Gui Paula. O avançado rematou com força e exigiu uma ótima intervenção de Leo Turossi, guarda-redes do Moncarapachense. No entanto, o golo adversário veio em seguida. 

Cruzamento pela esquerda e Isaías marcou de cabeça. O 1 a 1 foi um balde d’água fria na atuação superior dos Leões da Serra. Após sofrer na defesa, Diogo Ramalho ainda esteve próximo de passar à frente do adversário. O pontapé de livre direto esteve muito próximo da baliza algarvia, mas passou ao lado. 

Aos 46’, chegava o pior desfecho para o Sporting da Covilhã. Pontapé de canto e o Moncarapachense marcou novamente pelo alto. 2 a 1 e Arnold Issoko colocou os visitantes em vantagem antes da ida ao balneário. 

Lucas Duarte acima dos 1200 metros 

Na segunda etapa, o Sporting da Covilhã regressou a tentar reverter a situação inesperada. Logo aos 8’, o ponta Dener recebe um ótimo lançamento em profundidade pelo lado esquerdo, mas remata sem perigo algum à meta algarvia. Em seguida, aos 10’, Diogo Ramalho arriscou de fora da área, mas o pontapé foi neutralizado pela defesa adversária. 

As tentativas seguidas do Sporting da Covilhã levantaram os adeptos nas bancadas. Já o Moncarapachense seguiu a apostar nas bolas pelo alto, que foram fundamentais para os dois golos marcados na primeira etapa. 

Durante a segunda etapa, o jogo tornou-se demasiado físico, com diversas disputas no meio-campo. O fator emocional foi importante para os donos da casa, que estiveram a errar lances capitais no setor ofensivo. 

Entretanto, o empate mandante surgiu em uma ótima jogada ofensiva. Aos 46’ o Sporting criou um grande contra-ataque, que acabou por coroar a atuação de Nico com um golo. 2 a 2 no marcador do Estádio Santos Pinto.

Mesmo a poucos minutos do apito final, o Sporting seguiu a tentar a vitória até ao último momento. E assim aconteceu. Ao minuto 98, a última jogada da partida levou os adeptos à loucura. Cruzamento pela esquerda e o médio Lucas Duarte subiu ao patamar de herói na grande área ao marcar o 3 – 2.

Comemorações de um lado, despedidas do outro. Foto: Laura Nunes.

“Houve desrespeito com o visitante”

Ex-treinador do Sporting da Covilhã, José Bizarro demonstrou descontentamento com a postura da arbitragem na partida. “Fizemos um jogo muito competente e estivemos muito bem na primeira parte. Faltou um pormenor para chegar ao intervalo a vencer. No entanto, houve desrespeito com o Moncarapachense. É difícil de entender que uma equipa tenha levado tantos cartões amarelos como nós tivemos. Não sou árbitro, mas pelo que fizemos, acredito que mereceríamos, no mínimo, prologamento”, finalizou. 

José Bizarro, técnico do Moncarapachense. Foto: Laura Nunes.

“Na próxima fase, um grande virá” 

Já Francisco Chaló, do Sporting da Covilhã, esteve a falar sobre o enredo da segunda vitória seguida da equipa — algo inédito nesta época. “Tivemos 15 minutos iniciais muito bons. Contudo, os jogadores foram imaturos durante o jogo. Muitas vezes, é preciso saber estar por cima. Olhar bem a parte individual do adversário. Falava-se do Moncarapachense ser de um escalão inferior, mas os nossos jogadores não têm o mesmo palmarés deles”, apontou.

O técnico do Covilhã ainda destacou o resultado positivo, mesmo com a atuação tendo sido contestada. “Quando estava 0 a 0, o adversário nos respeitou. Logo que marcamos o golo, adormecemos. Houve muitos erros no meio e eles foram mais consistentes na primeira parte. Jogamos melhor quando estava 0 a 0, mas tivemos consistência para buscar a vitória. Houve dificuldades, sim, mas vencemos”, pontuou. 

Entretanto, o apoio das bancadas foi fundamental para vencemos. Temos dado saltos de qualidade física. Seguiremos a trabalhar para o melhor do Sporting da Covilhã”, garantiu Chaló.

Francisco Chaló, treinador do Sporting da Covilhã. Foto: Laura Nunes.

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