Pedro Jacinto tomou posse na sexta-feira, 6 de janeiro, como novo presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI). Durante o discurso de tomada de posse, o novo líder estudantil da UBI colocou a tónica na união entre todos os estudantes.
“Depois das eleições mais disputadas de que há memória na história da AAUBI, com quatro listas concorrentes, onde a incerteza e o medo pairavam no ar, o objetivo era claro: manter um bom caminho na representação e luta pelos direitos dos estudantes e tornar a Associação Académica cada vez mais próxima dos estudantes e trabalhar a par com os mesmos”, assegurou. “Sempre com os olhos postos num futuro melhor, nos problemas e nas necessidades daqueles que agora representamos, a academia hoje uniu-se neste auditório. Perante vós, assumo o compromisso de fazer o que estiver ao nosso alcance para corresponder às vossas espectativas”, prometeu Pedro Jacinto.
O estudante de Economia sublinhou que se assinala “um novo ciclo” na Associação Académica, com a sua equipa a ter “muita vontade de honrar os 34 anos de história e o legado da ‘casa azul’”. E reiterou: “não queremos ser diferentes, queremos continuar a escrever a história marcante da ‘casa azul’, uma história de luta pelo suprimento das necessidades básicas dos estudantes, pelos direitos e equidade de oportunidade, independentemente da sua condição social e económica. Esta é a nossa ambição: caminhar lado a lado com os nossos colegas, sendo a Associação Académica e os estudantes um só”.
A ligação aos núcleos de estudantes e o reforço da vertente desportiva são outras das prioridades do elenco liderado por Pedro Jacinto, aproveitando, desde logo, a atribuição da organização do campeonato da europa de andebol universitário em 2025. “Revela-se agora premente iniciar a organização do mesmo e isso só poderá ser feito numa sinergia entre nós, a UBI e o poder local. Não vejo a eleição para a Associação Académica como um fim em si mesma, mas como um compromisso assumido com todos vós.”
O presidente cessante da AAUBI aproveitou para reforçar que “já há muito tempo que a AAUBI deixou de ser uma mera comissão de festas. Somos uma associação que sabe e assume a sua responsabilidade e o papel que tem na construção desta comunidade, que tão bem acolhe e apaixona quem cá chega”. Ricardo Nora deixou ainda o conselho à nova direção e às gerações futuras de estudantes: “tem de se pensar a fundo sobre a estratégia que deve ser definida para as variadíssimas áreas em que a AAUBI atua, não se pode olhar para os projetos com uma visão a curto prazo. Essa não é a fórmula de sucesso para uma associação com tanta resiliência e fome de vencer como esta”.
O Reitor da UBI promete juntar-se à AAUBI para resolver os principais problemas dos estudantes, mas Mário Raposo espera também encontrar na Associação Académica um aliado na reivindicação do reforço do financiamento para a instituição, até porque “a reivindicação não deve ser só interna”, lembra. Peço também que, nas reuniões que vocês vão ter a nível nacional, que esteja voz não seja só do reitor, seja também dos estudantes na reivindicação de um justo financiamento para a universidade. Em 10 anos, se somarmos o dinheiro que a universidade devia ter recebido e não recebeu, estamos a falar de cerca de 80 milhões de euros”. Fechada para obras de requalificação, a cantina de Santo António tem limitado o acesso da comunidade académica às refeições. Mário Raposo não tem dúvidas em afirmar que “se este dinheiro tivesse vindo, a cantina já estava requalificada”.
Em representação do presidente da Câmara da Covilhã, o chefe de gabinete de Vítor Pereira, Hélio Fazendeiro, aproveitou a cerimónia para garantir que os estudantes da UBI “encontrarão, garantidamente, na Câmara Municipal da Covilhã, sempre um interlocutor disponível para ouvir cada um dos vossos projetos, das vossas ideias ou das vossas propostas. Encontrarão o espaço para alguém vos ouvir, vos ajudar e as concretizar na Covilhã. Encontrarão hoje na Covilhã um conjunto de oportunidades e, sobretudo, de qualidade de vida que não encontrarão provavelmente nos grandes centros urbanos e isso fará diferença”, assegura.