A Universidade da Beira Interior (UBI) atribuiu a Mohammadmahdi Abdollahzadehsangroudi o Prémio Jovem Investigador 2023. O trabalho vencedor, escolhido por um júri que incluiu personalidades externas com trajeto académico de relevo, intitula-se “PLASMUS: Plasma-Enhanced Carbon Free Ammonia Sustainable Combustion Technology”.
O PLASMUS visa investigar o design de um sistema otimizado de combustão de NH3 assistido por plasma, que pretende revolucionar o uso de e-combustíveis e contribuirá para os esforços globais de combate às alterações climáticas. Dada a crescente necessidade de combustíveis alternativos e a redução urgente das emissões de gases com efeito de estufa, o projeto PLASMUS, em desenvolvimento pelo premiado, que é investigador do C-MAST, tem uma importância acrescida. Os resultados previstos beneficiarão futuros sistemas de combustão isentos de carbono.
O júri selecionou o projeto apresentado por Mohammadmahdi Abdollahzadehsangroudi, doutorado em Engenharia Mecânica pela UBI, atualmente Professor Auxiliar do Departamento de Engenharia Eletromecânica e Investigador Integrado na Unidade de Investigação C-MAST.
Mohammadmahdi Abdollahzadehsangroudi explicou que o trabalho que está a desenvolver “vem da motivação do CMAST de resolver problemas sociais e económicos do mundo” que, neste caso, se relaciona com as alterações climáticas. “Estamos a usar os conhecimentos que temos na nossa unidade de investigação para ajudar à transição verde, alcançarmos um mundo mais limpo e com menos emissões”, referiu, antes de apresentar o projeto premiado com o valor de 5.000 euros.
O Prémio Jovem Investigador é uma distinção criada para reconhecer o mérito de cientistas da UBI que se destacam pela excelência da sua atividade, através da apresentação de projetos interdisciplinares que contribuam para o desenvolvimento sustentável e o bem-estar humano.
A cerimónia contou com a presença do Reitor da UBI, Mário Raposo, da Vice-Reitora para a área da Investigação, Sílvia Socorro, e dos elementos da equipa do projeto, vice e pró-reitores da UBI, entre outros responsáveis da academia.
Mário Raposo enalteceu a importância do trabalho no campo da Investigação, que tem permitido à UBI obter uma grande projeção. “A UBI sempre privilegiou esta área e tem-no feito cada vez mais. Isso permite-nos um bom desempenho a nível nacional e internacional”, salientou o Reitor, dando como exemplo o reconhecimento internacional alcançado no Times Higher Education.
No último ranking desta entidade internacional, dedicado às academias fundadas há menos de 50 anos, a UBI aparece no lugar 170 em termos mundiais (entre 673 instituições de Ensino Superior) e é a melhor em Portugal. “Apesar de sermos uma universidade pequena e com recursos menores, pelos motivos que se conhecem, com pouco fazemos muito e isso deve-se também ao trabalho da investigação e de quem integra e dirige esta área”, afirmou Mário Raposo.
No que diz respeito ao Prémio Jovem Investigador da UBI, Sílvia Socorro revelou que esta edição teve cinco candidaturas, de diferentes áreas, e destacou também o papel de quem faz ciência na academia.
“Aproveito para agradecer o esforço e o trabalho de todos os nossos investigadores. É por isso que podemos dizer que estamos nos rakings. Estes prémios são mais um reconhecimento, valorização e motivação para as pessoas continuarem a trabalhar bem, com têm vindo a fazer”, referiu.
O galardão foi entregue na quinta-feira, 16 de maio, que em Portugal é o Dia Nacional dos Cientistas.