À semelhança do Air Cargo Challenge, em que a UBI já tem vindo a participar desde o seu início, em 2003, esta competição nos EUA – “Design, Build, Fly” – reúne um total de cerca de 112 equipas de diferentes universidades de todo o mundo. Os alunos da Universidade da Beira Interior foram os primeiros e únicos em Portugal a ser selecionados e, desta vez, voam mais alto. O encontro de estudantes de engenharias aeroespaciais acontece já entre os dias 10 e 13 de abril, em Tucson, no estado do Arizona.
O líder da equipa, Diogo Cid, estudante de primeiro ano de mestrado, explica que “é preciso muito empenho para se conciliar o trabalho da construção da aeronave com as aulas”. Conta ainda que, a participação não é apenas um desafio académico, mas também financeiro. O apoio da universidade cobre apenas uma pequena parte dos custos, e cada estudante teve de investir do próprio bolso para garantir a viagem e o transporte da aeronave.
A aeronave telecomandada tem um peso total de doze quilos e é desmontável. Para alguns membros da equipa, como Alexandre Teixeira, esta é a primeira experiência em competições internacionais: “Estamos confiantes de que a UBI vai ter um ótimo desempenho. O que aprendemos nas aulas é essencial, mas participar nestes projetos permite-nos colocar esse conhecimento em prática e perceber onde precisamos de investigar e aprender mais”, refere. Beatriz Gonçalves é Coordenadora da Secção de Estruturas neste projeto. Para a jovem estudante, é importante a universidade envolver-se nestas iniciativas para “dar nome à universidade, ao curso, e dar a conhecer aos mais novos que querem ingressar no curso, um bocadinho daquilo que fazemos nesta área”.
O professor responsável pelo projeto, Pedro Gamboa, é já experiente em competições aeroespaciais. O docente acredita que esta participação é uma grande oportunidade de aprendizagem para os estudantes. Destaca que não são os recursos que ditam os vencedores e que, para além do orçamento, a capacidade de interpretar, a tecnologia, a ciência e a criatividade são fatores importantes. “Algo que os alunos aqui aprendem – não é só ter coisas, é ser capaz de fazer coisas. Ganham experiência, e faz falta porque é muito difícil perceber o que é aplicável na prática”, destaca. Sobre as expectativas, o professor reforça a ambição da equipa: “Vamos para competir e para ganhar. Sabemos que é difícil, mas a experiência acumulada da UBI em competições internacionais e o empenho dos alunos dão-nos boas perspetivas.”
Os aeronautas da UBI têm-se mostrado vitoriosos nos concursos europeus em que participaram anteriormente. O mais recente, no passado mês de julho, na Alemanha, deu-lhes o terceiro lugar de uma competição que envolveu 30 equipas. Agora levam a prática mais longe, mostrando o que de melhor se faz no interior do país.
Aeronave em testes//Foto: UBIAT
Alunos montam e desmontam o aparelho quando se movem//Foto: UBIAT
Reuniões que anteveem os grandes dias de competição//Foto: UBIAT
Produção das peças// Foto: UBIAT
