Covilhã recebe “Portugal Cerâmico”

Mostra está patente na Galeria António Lopes.

Entre os dias 7 de agosto e 28 de setembro, a galeria António
Lopes recebe a exposição “Portugal Cerâmico” da responsabilidade da Associação Portuguesa das Cidades e Vilas de Cerâmica (AptCVC), que congrega 31 cidades e vilas, principais centros sustentáveis de cerâmica artesanal e contemporânea em Portugal.

Esta exposição é composta por um conjunto de 23 peças cerâmicas representativas de cada um destes territórios, levando o visitante a usufruir de uma viagem de descoberta e conhecimento do património cerâmico português.

A exibição esteve, no passado mês de junho, patente no Parlamento Europeu em Bruxelas, com o objetivo de preservar a expressão artesanal, industrial, artística e patrimonial da Cerâmica Portuguesa, fortalecendo o interesse em manter as denominações de origem em que a cerâmica pontua.

Sendo Portugal um país territorialmente pequeno na Europa, reúne uma variedade e diversidade de formas cerâmicas, que hoje se exprimem também na sua área criativa e do design, e que agora se reúnem em forma de exposição itinerante que irá percorrer o país, vincando a importância deste setor económico, com forte ligação à expressão artística e cultural.

De referir que a Associação Portuguesa de Cidades e Vilas de
Cerâmica (AptCVC) foi criada a 17 de abril de 2018 no Palácio de
Mafra, sob a égide dos 7 países que compunham o Agrupamento
Territorial das Cidades Cerâmicas Europeias, onde pontuam Itália, Espanha e França, países com a maior representação da tradição cerâmica europeia e mundial, para congregar e fortalecer a expressiva realidade cerâmica de Portugal.

A cerâmica é como a expressão das vivências e das necessidades
da vida dos portugueses, quer como elemento essencial do
quotidiano das populações desde a origem da nacionalidade, na
sua vida desde a construção das suas habitações aos objetos de
uso na vida de cada família, bem como à expressão do seu culto
religioso ou às formas artísticas mais sublimes ou ingénuas esteve
sempre presente no dia a dia nacional. A este facto não é alheia a existência abundante de algumas matérias primas para a produção cerâmica, desde o barro para olaria, às formas sequentes da faiança, grés e porcelana, que se expressavam em todo o território nacional incluindo Açores e Madeira.

É este repositório que nos dias de hoje a cerâmica portuguesa
ainda exprime, que será apresentado na Covilhã, traduzindo o
espólio existente em todo o país e na produção que ainda hoje é
feita, e que coloca Portugal presentemente como o segundo
produtor mundial de cerâmica de mesa e decorativa.

Pode ler também