“Danças do Mundo” Celebra a Diversidade Cultural

A Praça do Município da Covilhã transformou-se num palco de celebração vibrante e culturalmente rica.

Num fim de semana marcado pelo calor, o espaço central da cidade recebeu no domingo, dia 12, a partir das 15h, o “Danças do Mundo”. O objetivo principal do evento foi destacar a diversidade da cidade através da expressão artística e cultural, apresentando uma ampla variedade de estilos de dança e de bailarinos. Regina Gouveia, vereadora da cultura da Câmara Municipal da Covilhã, destaca que se  comemorou “a diversidade cultural, uma realidade presente no  país e concelho. É crucial estar consciente dos valores e princípios da inclusão, e a arte desempenha um papel fundamental nesse sentido”, disse a vereadora.

Desde os passos mais tradicionais de danças populares até à dança contemporânea, ballet, jazz, kizomba, dança árabe, danças latino-americanas, africanas e tradicionais polacas, o evento proporcionou uma experiência diversificada para os participantes e espetadores. Regina Gouveia acrescenta que esta celebração da dança “não só é reconhecida como uma disciplina artística, mas também como uma ferramenta terapêutica para promover a felicidade em todas as idades.”

A programação incluiu performances de crianças e jovens de diversas escolas de dança da cidade, grupos de dança sénior e companhias profissionais de bailado. A primeira parte do evento contou com a presença da Banda da Covilhã, sob a direção do maestro Carlos Almeida, acompanhados pela atuação de Dinis Rocha e Kateryna Chepeliuk. Este par foi oito vezes campeão nacional de dança de salão e representante de Portugal no próximo Campeonato Mundial de Dança Desportiva Latino Júnior II, pertencendo à Apolo Famalicão Associação de Dança.

Ana Ferrinho, membro da Banda da Covilhã (21 anos), refere ser importante valorizar a cultura, e realça que nesta celebração tentaram juntar a dança e a música para celebrar esta data especial através da criação um reportório diversificado, incluindo cha cha cha e tango.

O evento atraiu famílias e pessoas de todas as idades ao Pelourinho que esteve repleto de admiradores deste tipo de expressão artística. Representando o Conservatório Regional de Música da Covilhã, alunas do 5º, 7º e 9º anos apresentaram danças tradicionais árabes, polacas e escocesas, enquanto os seus solos e duetos homenagearam clássicos do ballet como “O Lago dos Cisnes” e “Quebra-Nozes”.

Alunas do Conservatório Regional de Música da Covilhã

A Escola Pé de Dança contou com membros de uma faixa etária superior e trouxe uma variedade de estilos de dança de pares, desde samba brasileiro até kizomba e jazz, com uma energia contagiante que animou o público. Por sua vez, a dança contemporânea foi representada pela Companhia de Bailado e Escola de Dança Kayzer Ballet, pelas suas turmas juvenis e adultas, assim como pelos membros profissionais da companhia local. Os bailarinos trouxeram ao evento não apenas a expressão artística dos alunos mais novos, mas também o rigor técnico dos bailarinos profissionais que fazem da dança clássica carreira.

Dina Correia, coordenadora do Centro de Ativ´idades, relembra que “trabalhar com idosos, é fazer aquilo que eles gostam de fazer, mas também transmitir muito dinamismo, força, vontade de viver e alegria e sobretudo proporcionar-lhes atividades que nunca tinham feito antes.”  A participação do Grupo de Dança Sénior do Centro de Ativ´idades destacou a importância da atividade física e da alegria através da dança, enfatizando que a idade não é um limite. Os seus desempenhos envolventes, especialmente a coreografia da música “This is Me” da banda sonora do filme “The Greatest Showman”, cativaram a audiência e incentivaram a participação nas coreografias. A coordenadora complementa que “este evento foi muito bom, porque juntou os mais novos aos mais velhos, o que é muito importante na sociedade envelhecida atual”.

Membros do Centro de Ativ´idades

O fecho do evento enfatizou a valorização da diversidade cultural na cidade e a celebração desta diversidade através da arte e da cultura. Como encerramento, todos foram convidados a juntarem-se à Escola Pé de Dança para bailar o popular kuduro, promovendo um momento de união entre dançarinos e espetadores.

Os mais jovens também apreciaram este encontro.Christian Barros (19 anos) disse ser muito importante existirem vários clubes de dança, pois não tinha noção que a dança estava tão presente com tantos grupos e tipos de pessoas na cidade.

Inserido no âmbito do Mês Europeu da Diversidade e em comemoração do Dia Mundial da Dança, que ocorreu a 29 de abril, foi organizado pela Câmara Municipal da Covilhã no âmbito da sua designação como “City of Design” e como membro da Rede de Cidades Criativas da UNESCO.

 

 

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