FAL discute normatividade na língua portuguesa

A 2ª edição do “Vamos FALar? Em que Português?”, organizada pela turma de Relações Públicas do 2º de Ciências da Comunicação, teve lugar no dia 8 de janeiro na Sala dos Conselhos da Faculdade de Artes e Letras (FAL) da UBI.

Sónia de Sá, docente da turma, moderou a sessão com a aluna Melinda Ferreira. Entre os convidados estavam Ana Rita Carrilho, Presidente e docente do Departamento de Letras da FAL, Fernando Rocha, mestre em Comunicação Estratégica: Publicidade e Relações Públicas e doutorando em Ciências da Comunicação na UBI, Dina Almeida, jornalista na Rádio e Televisão Cabo-Verdiana (RTC) e mestranda em Comunicação Estratégica: Publicidade e Relações Públicas na UBI, Liliana Silva, docente da FAL e Joana Melo, aluna do 1º ano de Ciências da Comunicação na UBI.

O Presidente da FAL, André Barata, abriu a sessão esclarecendo que o tema do “Vamos FALar?” deste ano prende-se com a língua portuguesa e “tem que ver com questões que foram suscitadas na edição anterior”. André Barata recorda que durante a edição passada, a “questão que se colocou, entre muitos estudantes que vinham do Brasil, foi a difícil aceitação da sua forma de escrever na sua língua nativa no contexto académico” e, por isso, esta edição respondeu “às questões que são levantadas enquanto estão na FAL”. O Presidente da Faculdade termina o discurso agradecendo à turma organizadora do evento, já que “o evento se destina a todos, mas também é organizado por todos”.

Sónia de Sá lançou a pergunta que deu início ao debate – “Existem diversas formas de falar português corretamente ou depende da nossa região?” – e as tentativas de resposta foram surgindo. Dina Almeida, olha para a língua portuguesa como o elo que une diferentes culturas e Liliana Silva assegura que “cada vez que perdemos uma língua, estamos a perder a relação com a terra”. Para Fernando Rocha esta ferramenta de comunicação oferece “enriquecimento cultural” e, Joana Melo responde com uma pergunta: “Se não formos nós a pegar na língua para não a deixar morrer, quem o fará?”.  Por sua vez, Ana Rita Carrilho, que acredita que o ensino da língua portuguesa é “o único caminho para educar e formar”, garante que “é absurdo” pensar que existe uma forma correta de falar.

O rápido crescimento da tecnologia, que se intensificou com a pandemia, foi outro tema discutido – “A tecnologia muda a oralidade da língua portuguesa. É um problema?” – mas, para Liliana Silva a relação entre esta ferramenta de comunicação e a tecnologia é como “um modo de acesso à língua”.

O “Vamos FALar? Em que Português?” prometia não apenas esclarecer dúvidas, mas também suscitar mais questões, já que o objetivo desta sessão era discutir a língua portuguesa. O evento terminou com perguntas do público e debate.

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