Mário Soares e a democracia portuguesa

Foi no dia 16 de abril que o Auditório da Biblioteca da Universidade da Beira Interior (UBI) foi palco da mesa-redonda “Das Armas para as Urnas: o papel de Mário Soares na construção da democracia portuguesa”. Esta iniciativa esteve ligada à comemoração dos 50 anos do 25 de Abril que refletiu sobre o contributo de uma das figuras mais marcantes na política nacional. 

O evento contou com a participação de António José Seguro, professor de Relações Internacionais da Universidade Autónoma de Lisboa e ex-líder do Partido Socialista, Antonieta Garcia, jornalista, escritora e investigadora, Paulo Serra, vice-reitor da UBI e especialista em Ciências da Comunicação, e Bruno Ferreira Costa, docente e investigador em Ciência Política na instituição anfitriã. A moderação ficou a cargo de Nuno Francisco, professor da UBI e diretor do Jornal do Fundão.

António José Seguro considera que Mário Soares era “uma espécie de vigilante da democracia” e realça que o seu momento mais decisivo na transição para a democracia “foi sempre que ele teve que lidar e se afirmar contra as tentativas extremistas, quer de extrema esquerda quer de direita”. 

Antes da mesa-redonda foi ainda realizada uma visita à exposição “Às armas ou às Urnas – Povo, MFA e Forças Armadas: entre revolução e democracia”, guiada por Gonçalo Margato, membro da Comissão Comemorativa. Esta atividade proporcionou ao público uma contextualização histórica mais aprofundada.

Exposição “Às armas ou às Urnas – Povo, MFA e Forças Armadas: entre revolução e democracia”

Para Madalena Nunes, aluna do 3ºano de CPRI, houve um momento específico que a marcou: “Caíram algumas lágrimas quando os dois senhores de mais idade contaram o que sentiram na pele com a PIDE”, uma vez “já ouvi histórias parecidas do meu avô”. 

Com este debate a UBI reforça assim o seu papel na dinamização cultural e na valorização da memória democrática nacional.

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