Marco Pêba apresentou esta terça-feira, 21 de outubro, o pedido de demissão do cargo de presidente do Sporting Clube da Covilhã, justificando a decisão com divergências internas na direção e pressões relacionadas com a permanência do treinador José Bizarro. “Preferi sair eu a despedir o treinador”, afirmou, sublinhando que a opção resultou de razões financeiras e de consciência, uma vez que o clube não dispõe de meios para suportar uma mudança técnica.
O ex-presidente revelou ainda que alguns dirigentes ameaçaram abandonar funções caso não renunciasse, o que inviabilizaria a continuidade da direção. As saídas de David Timóteo e Joel Vital já estavam, aliás, formalizadas até 1 de novembro.
Em termos financeiros, Pêba assegura deixar o clube com as contas equilibradas e um saldo positivo de 15 mil euros, embora existam dívidas registadas ao próprio (14.500 €) e à empresa Metalguarda (72.000 €). Destacou também o pagamento de 100 mil euros de um empréstimo à SDUQ e o cumprimento quase total do plano de liquidação junto das Finanças. “Saí, mas não fugi”, garantiu, afirmando que o clube está hoje mais estável do que quando assumiu funções, há cerca de um ano e meio. Ainda assim, defende a realização de eleições antecipadas, por considerar que a falta de união na direção coloca em causa o futuro do projeto. A liderança do clube serrano permanece, para já, nas mãos da atual direção, até à decisão da Mesa da Assembleia Geral sobre os próximos passos.
