A Faculdade de Artes e Letras (FAL) da UBI recebeu na passada quarta-feira, 3 de maio, as Jornadas de Comunicação Estratégica. Subordinadas ao tema “Comunicação Pública e Política”, as jornadas foram promovidas pelo LabCom – Comunicação e Artes, unidade de investigação da UBI.
O evento, que pretendeu ser um fórum de excelência sobre a importância da comunicação na mobilização dos cidadãos em questões de interesse coletivo, contou com duas conferências e cinco painéis, nos quais participaram oradores académicos e profissionais de nível internacional.
“Conselho de Comunicação” foi o título da conferência de abertura a ser proferida por Luís Paixão Martins, consultor de comunicação e fundador do NewsMuseum. A seguir, as jornadas continuaram com o painel “Relações Públicas no Contexto Governamental”, que contou com Vasco Ribeiro, professor da Universidade do Porto e chefe de gabinete do Presidente da Câmara Municipal do Porto, e Paloma Piqueiras, professora da Universidade Complutense de Madrid. Felisbela Lopes, professora da Universidade do Minho, Daniela Santiago, jornalista e editora da RTP, e Paulo Magalhães, editor-chefe da CNN Portugal, foram os oradores do painel que encerrou a manhã, intitulado “Comunicação como Política Pública”.
De tarde, as jornadas foram retomadas com o painel “Relações com os Media e Assessoria de Imprensa”, com Marta Miranda, assessora de imprensa do Ministério da Coesão Territorial, e Samuel Mateus, professor da Universidade da Madeira. “Media Training e Preparação de Porta-vozes” esteve em debate no painel que reuniu os oradores Sara Batalha, CEO da MTW Portugal, José Gabriel Quaresma, pivot da CNN Portugal e media coach, e Aurélie De Waele, professora da Universidade de Ghent. Gisela Gonçalves, docente do Departamento de Comunicação, Filosofia e Política da UBI, e Mateus Noronha, investigador no Observatório de Comunicação Pública Intermunicipal, abordaram os “Desafios da Comunicação Pública Intermunicipal” no quinto e último painel.
“Nós sabemos que as democracias para serem fortes têm que ser democracias estáveis, transparentes, em que o cidadão se sente informado e envolvido e, portanto, eu penso que estas jornadas, com a sua organização em painéis que trabalham a assessoria mediática – que estabelece a relação entre os jornalistas e os assessores ao serviço das instituições públicas e governamentais -, por um lado, e os painéis que trabalham as questões públicas nas autarquias e nas instituições intermunicipais e interministeriais, são elementos fundamentais para despertar o interesse sobre como é que estas classes administrativas e políticas comunicam conosco”, defende Gisela Gonçalves.
A docente da FAL e elemento da organização das jornadas aproveita ainda para dar um exemplo recente, que sublinha a importância deste tipo de eventos: “se olharmos para a situação que está a enfrentar o nosso governo e as figuras políticas neste momento no país, podemos ver que há muito espaço para melhorar e para tornar a comunicação mais eficaz. Obviamente que também haverá bons exemplos de instituições públicas que se sabem situar nesta ligação à sociedade de forma mais transparente, preocupadas em estabelecer pontes de comunicação e de criação de participação cidadã, como dizia uma das oradoras. Mas há sempre muito a melhorar e felizmente temos alunos que têm vindo a estudar a comunicação pública e a comunicação estratégica na administração pública e que acredito que possam vir a fazer a diferença se forem integrados nas equipas cada vez mais profissionalizadas das instituições públicas”, sublinha.