Faleceu dia 20 de abril aos 95 anos o arquiteto Bartolomeu Costa Cabral, autor dos projetos de diversos edifícios da Universidade da Beira Interior (UBI).
Aquele que foi um dos nomes mais importantes do segundo modernismo português assinou o projeto, em 1973, do Edifício da Fase I, do Instituto Politécnico da Covilhã, no designado Polo I. Iniciava-se, assim, uma ligação com a instituição que antecedeu a UBI e que inclui os projetos das Fases II, III e IV (entre 1974 e 1989), Centro de Reprografia (1978), Fase V (1987-1991), Quinta da Malufa (1988), Centro de Informática (1991-1995), Biblioteca Central (1998-2001) e Museu de Lanifícios (1999-2005), entre outras estruturas.
Bartolomeu Costa Cabral nasceu em Lisboa, em 1929, e formou-se na Escola de Belas-Artes da capital portuguesa, a antecessora da atual Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Teve uma relação próxima com outros nomes importantes da arquitetura portuguesa, como Nuno Teotónio Pereira e Nuno Portas.
Além da UBI, deixou outra marca na cidade da Covilhã, como autor de 100 fogos no Bairro da Estação, além de outros projetos.
O Bloco das Águas Livres, em Lisboa, é uma das obras de maior projeção da sua carreira, tendo sido classificado como Monumento de Interesse Público em 2012.
Do seu portefólio fazem ainda parte a Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança, os laboratórios e oficinas da Escola Superior de Tecnologia de Tomar e Escola de Engenharia da Universidade do Minho (Guimarães), além da Sede da Sociedade Portuguesa de Autores.
Na UBI, a obra de Bartolomeu Costa Cabral fez parte do programa de Conferências de Arquitetura MOVIMENT.A, em 2023, e foi estudada por Mariana de Oliveira Couto, docente do Departamento de Engenharia Civil e Arquitetura da UBI, em tese de doutoramento apresentada na Universidade de Coimbra.