A Aliança de universidades europeias UNITA conseguiu formalizar o compromisso de integração de quatro novas universidades como membros da Aliança e mais duas como associadas, chegando a 12 universidades e duplicando, em três anos, o número de membros. Isso significará aumentar a cooperação em formação, investigação e transferência. Além disso, foi estabelecida a Entidade Legal deste consórcio. Para o Reitor da Universidade de Saragoça, este acordo é o primeiro passo para construir uma “universidade federal, capaz de influenciar o território. Estamos a inventar o futuro, que é o que a Europa nos pediu”.
Este acordo significará que um aluno poderá estudar parte do seu curso entre as diferentes universidades. Haverá também uma Escola de Doutoramento comum com financiamento que permitirá a expansão das teses sob orientação conjunta.
A “Aliança vive um momento histórico”, destacou o reitor da Universidade de Turim, que acrescentou: “Estudar fora é muito caro, por isso, o que fazemos é trazer a Europa para a Universidade”. Para o atual presidente da Aliança e reitor da Universidade de Savoie Mont Blanc, “outra iniciativa estratégica é a construção de comunidades entre as universidades”.
As sessões de trabalho do Governance Board começaram na quarta-feira, dia 1 de fevereiro. Os coordenadores do projeto fizeram um balanço das conquistas desse período. Foi revelado que, desde a sua constituição, a UNITA conseguiu que mais de 800 estudantes usufruíssem de mobilidade de longa duração, 172 de mobilidade de curta duração, outros 200 participassem em programas internacionais de mobilidade rural, 107 em mobilidade virtual e 32 obtiveram bolsas de estudo de orientação conjunta das suas teses de doutoramento.
Foram também obtidos mais de 10 milhões de euros de financiamento para projetos europeus. Da mesma forma, mais de 1.700 pessoas estão empenhadas em aprender os idiomas da Aliança por meio da Intercompreensão.
A UNITA iniciou o seu percurso em novembro de 2020, tendo como membros as universidades da Beira Interior, Saragoça, Pau, Savoie Mont Blanc, Turim e Timisoara. Atualmente, esse número duplicou, já que, das seis universidades de cinco países que faziam parte dela em 2020, irá passar para 10 universidades membros – as universidades de Transilvânia de Brasov, Brescia, Universidade Pública de Navarra e o Instituto Politécnico da Guarda – e mais duas universidades parceiras, da Suíça e da Ucrânia, a Haute École Spécialisée de Suisse Occidentale e a Yuriy Fedkovych Chernivtsi National University, respetivamente.
A UNITA-Universitas Montium vai integrar 250.000 alunos e um staff de mais de 21.000 membros. O nome da aliança evoca a palavra unidade, que sublinha os vínculos que unem as doze instituições e a sua vontade de caminhar para uma maior integração. O subtítulo, “universidade das montanhas”, em latim, indica, por um lado, o caráter românico da Aliança e o desejo de desenvolver essas línguas — faladas por milhões de pessoas em todo o mundo — como alternativa e complemento ao Inglês e como fator de atração para estudantes americanos e africanos; e, por outro, a sua aposta no desenvolvimento das zonas rurais e, em particular, das zonas montanhosas e transfronteiriças em que se inserem.