A sessão, que decorreu no passado dia 30 de março, no Espaço dos Sentidos, destinou-se à compreensão das capacidades que são esperadas numa criança de seis anos na perspetiva da terapia ocupacional e da terapia da fala.
As oradoras, Inês Pereira e Ana Sofia Esteves, destacaram que captar e interpretar sinais dados pela criança, em casa e no infantário, são a base para perceber a que nível se encontra o seu desenvolvimento. Referiram ainda que algumas das atividades utilizadas numa sessão de terapia, como a função de deteção, são replicáveis em casa. Podem passar por atividades tão simples como o desenhar da letra S ou apenas recontar do dia da criança no regresso a casa, mas cada caso é um caso e o ambiente envolvente à criança é uma variável a ter em conta.
A sala contou com um público de mães e professoras que transcreveram atentamente as dicas e participaram na discussão, demonstrando o sentimento de união que percorreu o Espaço. A relação entre oradoras e público foi de entendimento mútuo e livre de julgamento quanto à falta de tempo que assola a vida dos pais e profissionais, situação que limita a autonomia da criança e a sua fase de autodescoberta.
Quanto à decisão de “ir ou não ir” para o 1º ano com seis anos, as oradoras consideram que devem ser os pais a decidir, podendo recorrer a profissionais. “ Os pais procuram cada vez mais informação e são críticos da que recebem.” O pressuposto da maturidade ligada à idade parece já não ser uma realidade, e um ano a mais no infantário não assusta nenhuma das mães participantes, sendo uma opção a considerar.
O conselho final de ambas as oradoras foi deixar as crianças brincar. “A brincar é que se aprende, no tempo livre ou com os pais.” Apelam ainda a que se distinga a parte académica da parte social da criança, pois, tal como um adulto, as crianças têm as duas vertentes.
Embora a sala polivalente estivesse mais vazia que o habitual, organizadoras e participantes ficaram satisfeitas com a atividade.