Covilhã vestida com capas e fitas

A festa que assinala o fim da licenciatura para muitos estudantes da Universidade da Beira Interior (UBI) realizou-se no dia 13 de maio. Assim como no ano passado, a cerimónia da bênção das fitas e das suas pastas teve lugar no complexo Desportivo da Covilhã, devido ao elevado número de estudantes.

Eram 09h00 e os primeiros estudantes começaram a chegar à Faculdade de Ciências da Saúde, tal como a Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) tinha pedido. O objetivo era que os estudantes se organizassem por cursos para dar início ao desfile até ao Complexo Desportivo da Covilhã.

Os cerca de 900 finalistas vestidos com os tradicionais trajes académicos e transportando as pastas com fitas coloridas iniciaram o desfile com algum atraso relativamente ao horário previsto.

Ao longo do percurso, familiares e amigos dos estudantes que enchiam as ruas aplaudiam por verem os seus cada vez mais perto de concluírem mais uma etapa. “É um sentimento de orgulho que não consigo explicar. Foi muito duro para mim ver o meu filho partir todas as semanas para longe, mas sei que é necessário e sempre o apoiei incondicionalmente. Hoje o dia é deles, que são recompensados por todo o esforço que fizeram” afirma Ana Lívia, mãe de um finalista de Ciências do Desporto.

O amplo complexo desportivo ganhou cor com a presença dos finalistas e das respetivas famílias e amigos, que aguardavam ansiosamente pela cerimónia. Os finalistas sentaram-se no relvado, enquanto os acompanhantes se distribuíram pelas bancadas e pela zona da pista de atletismo. No exterior do recinto, várias barracas vendiam comida e bebidas.

A cerimónia iniciou-se às 12h00, uma hora mais tarde do que o previsto. A missa da bênção foi presidida pelo bispo da guarda, D. Manuel da Rocha Felício, tendo ainda a participação do pastor evangélico da Assembleia de Deus da Covilhã, Hugo Emanuel Silva. A celebração teve um caráter ecuménico, à semelhança de anos anteriores, para integrar o máximo de estudantes que pretendiam participar, independentemente do credo religioso.

A pedido da AAUBI, a habituais oferendas construídas pelos finalistas foram substituídas por bens alimentares para oferecer a quem precisa de “fraternidade e cuidado um pouco de alento e ternura”. Os bens entregues serão oferecidos aos serviços de ação social da universidade, à Cruz Vermelha e à Casa do

Menino Jesus. São estas instituições que apoiam a comunidade local, assim como a comunidade “ubiana”.

Na sua intervenção durante a cerimónia, o presidente da Associação Académica, Pedro Jacinto, disse “este é um dia único. um dia onde relembram tristezas, alegrias, mas acima de tudo um dia em que percebem que todo o esforço, dedicação e perseverança valeram a pena”. Felicitou também todas as famílias e agradeceu à UBI, à diocese da Guarda e à Câmara Municipal da Covilhã, que sempre estiveram disponíveis na agilização, organização e execução do evento. Os tradicionais discursos dos finalistas de cada curso, encerraram a cerimónia.

No final, Pedro Cardoso, finalista de Ciências da Comunicação, salientou que durante três anos chamou “casa” à Covilhã. “Hoje sinto um misto de emoções, já com o sentimento de saudade presente”, sublinhou. Pedro Cardoso disse ainda que conheceu pessoas incríveis, fez amigos, padrinhos e afilhados, mas acima de tudo uma família e que isto não era uma despedida, mas sim o início de algo novo.

Durante a tarde, a AAUBI organizou uma festa de despedida para os finalistas. O “Chorão Abençoado” decorreu no estacionamento do bar académico. A festa contou com a atuação de artistas e de algumas tunas académicas da Covilhã, que marcam sempre presença neste dia tão importante para os estudantes.

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