Em força, mulheres e homens marcham do Jardim Publico à Praça do Município, no dia 25 de novembro. A manifestação foi organizada pela Coolabora, como celebração do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.
Em praça publica, foi declamado em coro um Manifesto Coletivo. Elementos do público, transportando palavras impressas em papel, pronunciaram-se a de seguida queimaram a palavra que traziam, geralmente ligada ao tormento de vítimas anónimas. Nesta ação participaram também os grupos Vozes do CAI e Las Bandidas, com monólogos teatrais sobre superação de relacionamentos abusivos.
A marcha terminou com participação da “Tuna Académica Feminina da UBI” que interpretou temas do seu reportório.
O impacto do evento junto do público foi muito positivo.
Para alguns participantes não é a primeira vez a marchar, mas edições anteriores motivam a regressar. Consideram “continuar a valorizar este dia”, não apenas em Portugal, mas em todo o mundo, por todas as mulheres que enfrentam situações terríveis e absurdas.
Entre os transeuntes, muitas pessoas apanhadas de surpresa ao passar pelo pelourinho acabam por permanecer até ao fim da manifestação. Comentam que “a violência não se limita ao aspeto físico”, e olham para este dia como uma oportunidade para relembrar quem enfrenta este sofrimento sozinho.
Inês Dias, uma das participantes, revelou o seu interesse, como mulher, nestas atividades: “É muito importante a Coolabora fazer uma atividade destas, porque não se vê muito, não há muitos eventos que alertam para este assunto. No geral, muitas coisas não são denunciadas, ficam entre portas. Como mulher esta marcha emociona-me. Porque é uma luta que temos de continuar, trazer o assunto á tona, para que as vítimas possam ser protegidas. Todos os anos os números aumentam, então é muito importante uma iniciativa destas”, garante.
Até ao fim de novembro, foram realizadas pela Coolabora diversas exposições e iniciativas em escolas alusivas a este tema.
