Investigadores da CPLP discutem estado e qualidade das democracias

A III Conferência Internacional de Ciência Política da Universidade da Beira Interior (UBI) reúne representantes da política local e investigadores de Portugal, Brasil e São Tomé e Príncipe para debater o estado das respetivas democracias.

A terceira edição da Conferência Internacional de Ciência Política realizou-se nos dias 1, 2 e 3 de março, no auditório da Biblioteca Central da UBI, com palestras online e presenciais. O tema “Estado e qualidade da democracia nos países de Língua Portuguesa”, proposto pelo professor e coordenador do curso, Luís Filipe da Silva Madeira, foi discutido em perspectivas internacionais e locais durante o evento organizado pelos alunos do mestrado em Ciência Política.

Os professores convidados Vera Cepêda, da Universidade Federal de São Carlos, no Brasil, e Esterline Género, da Universidade de São Tomé e Príncipe, falaram dos aspectos históricos e atuais das democracias nos respetivos países de origem. Segundo o aluno do mestrado de Ciência Política da UBI, Erlander Sacramento, a conferência “foi importante para conhecer a democracia em outros países de língua portuguesa e, de certa forma, procurar meios para melhorá-la”.

Autarcas locais também estiveram presentes na conferência internacional. No encerramento do evento, os Presidentes da Câmara da Covilhã e do Fundão, Vítor Pereira e Paulo Fernandes, junto ao Coordenador da Beira Serra – Associação de Desenvolvimento, acrescentaram a perspectiva local a este diálogo sobre as crises e os avanços da democracia.

“A cooperação entre autarquias portuguesas e os países CPLP está a acontecer cada vez mais”, segundo o autarca Paulo Fernandes, que como exemplo citou parcerias de formação para alunos de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) que estão a decorrer no Fundão.

Ao fim da grelha de palestras, o estudante de são-tomense Erlander Sacramento notou diferenças no estado e na qualidade das democracias, “principalmente em comparação a Portugal com os outros países de língua oficial portuguesa. Em muitos desses países há uma semelhança na falta de transparência, que é uma falha da democracia.”

 

 

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