Mobilidade: um desafio inacabado na Covilhã

Na semana em se assinalou a Mobilidade Europeia, de 16 a 22 de setembro, não foi difícil encontrar covilhanenses e estudantes que dizem que ainda há muito trabalho a fazer na cidade.

António Prior nasceu e foi criado na Covilhã. É reformado, usa canadianas, e não há dia em que não saia de casa para um passeio pela cidade. E nessas caminhadas, diz que falta limpeza nas vias públicas, o que obriga as pessoas a “irem para a estrada” para se conseguirem deslocar, correndo riscos.

Esta opinião ouve-se frequentemente nas ruas. Tanto os covilhanenses como os estudantes dão conta dos desafios que enfrentam no dia-a-dia, pelas ruas da cidade. Diana Coelho, aluna do 1ºano de Arquitetura, afirma que está satisfeita com a rede de transportes públicos. Ainda assim, confessa que “os elevadores da cidade nem sempre funcionam” e diz que há “ruas muito inclinadas e perigosas ao descer em caso de tempo húmido”.

É uma das críticas mais repetidas. Apesar dos investimentos por parte do município na mobilidade multimodal e pública que conta com quatro elevadores, um funicular, a ponte pedonal e uma rede de autocarros, há cidadãos que alegam as avarias constantes e o tempo de espera elevado, entre as viagens, nestes meios.

Novos passos dados

A Semana Europeia da Mobilidade, que se assinalou entre os dias 16 a 22 de setembro, na Covilhã, foi também o pretexto para o município passar a integrar oficialmente a Rede de Cidades e Vilas que Caminham – uma entidade ibérica com 40 municípios nacionais, que trabalhara na promoção da mobilidade.

A presidente do Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade, Paula Teles, citada pela Rádio Cova da Beira, admite que a mudança dos pisos é uma necessidade para que estes sejam mais “confortáveis, seguros e inclusivos” para os covilhanenses, estudantes e visitantes.

No passado mês de setembro, a Câmara Municipal da Covilhã apresentou também uma nova rede de meios de transportes que incluem bicicletas e trotinetes elétricas.

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