A Universidade da Beira Interior (UBI) integrou a sessão da mesa-redonda “Noite Europeia dos Investigadores: como medir o seu impacto?”, que fez parte do 12.º Congresso Anual da SciComPt – Rede de Comunicação de Ciência e Tecnologia de Portugal, que decorreu de 8 a 10 de maio em Braga.
A sessão, que pretendia refletir sobre a avaliação do impacto das atividades realizadas no âmbito da Noite Europeia dos Investigadores (NEI) em Portugal, nos últimos dois anos, contou com a presença de Sílvia Socorro, Vice-Reitora para a Investigação, Inovação e Desenvolvimento da UBI, em representação do U*NIGHT- The UNITA Researchers’ Night.
“A discussão sobre como medir o impacto das atividades de comunicação de ciência, nomeadamente, as realizadas no âmbito da Noite Europeia dos Investigadores, é um aspeto crucial de todo o processo”, referiu a Vice-Reitora da UBI, acrescentando: “É também uma preocupação de todos os organizadores destas iniciativas, e com um duplo sentido; o de avaliar a qualidade das atividades realizadas, com a perspetiva de melhorar o interesse nas mesmas, e a sua efetividade junto dos públicos-alvo e, por outro lado, o mais desafiador, o de encontrar instrumentos e ferramentas inovadoras e atrativas que possam ser usados para, de alguma forma, medir o impacto que as atividades têm sobre os participantes. As diferentes iniciativas só ganham verdadeiro significado se, de alguma forma, produzirem efeitos junto do público”.
A mesa redonda, uma iniciativa e convite do consórcio RAISE – Researchers in Action for Inclusion in Science and Education, contou também com a participação de Catarina Ramos (Fundação Champalimaud – Lisboa e Consórcio RAISE), Mariam Debs (Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia – Braga e Consórcio SCIEVER – Science for Everyone – Sustainability and Inclusion), Rita Patarra (ExpoLab – Centro Ciência Viva – São Miguel, Açores e Consórcio MACARONIGHT_IV – The Researchers’ Night of the Macaronesia) e Daniela Figueiredo (Universidade de Aveiro e Consórcio BlueNIGHTs), em representação dos respetivos consórcios.
Com a temática “Linguagens e vozes para uma ciência acessível”, esta edição do Congresso Anual da SciComPt procurou abordar a diversidade de línguas e vozes na comunicação de ciência, a inteligência artificial como voz e linguagem, a inclusividade e acessibilidade para todas as pessoas, as linguagens artísticas na ciência e o movimento da ciência aberta.
A comunicação de ciência, enquanto área do saber, mas também como prática social e profissional, é uma ferramenta cada vez mais necessária e consensual, ao nível de instituições científicas, políticas e profissionais. Tornar a ciência acessível passa pela abertura e interação da comunidade científica com a sociedade, possibilidade de todos os públicos interagirem com a ciência, necessidade de adequação da comunicação de ciência a públicos limitados, assim como pela diversificação de linguagens e vozes, de forma a promover a inclusão na comunicação de ciência.