União contra os maus tratos a crianças e jovens

Liberdade e paz não foram esquecidas pela organização, sendo celebradas com largada de pombos.

O Jardim das Artes foi palco de uma iniciativa conjunta da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) da Covilhã que, em conjunto com várias entidades da região,  realizaram, no dia 30 de abril, um laço humano gigante, de cor azul, para assinalar o mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância.

A construção deste laço humano contou com a participação de várias escolas do concelho, populares, representantes do núcleo de Desporto da UBI, e da PSP, que marcou o início do laço com as suas viaturas. Um dos momentos altos esteve a cargo de António Nunes, que realizou uma largada de pombos pela liberdade e paz.

 Solange Franco, presidente da CPCJ da Covilhã e organizadora do evento, diz que a iniciativa partiu de uma avó norte-americana, cujos netos foram vítimas mortais de violência. Esta avó decidiu colocar um laço azul, símbolo da prevenção da violência contra crianças e jovens na sua viatura, para que as pessoas se questionassem e refletissem. 

A presidente sublinha que, durante o mês de abril, a CPCJ da Covilhã realizou várias campanhas de sensibilização, com palestras nas escolas, para além da distribuição de laços azuis nas ruas e nas lojas de comércio local.  Ao longo deste ano, organizarão, ainda, seminários, e colóquios de variadas temáticas para sensibilizar a população.

A presidente da CPCJ realça um ponto muito importante: “a sociedade hoje em dia está mais focada nas problemáticas” como estas, contudo as sequelas ficam para a vida e uma criança que é vítima e presencia violência doméstica pode vir a projetá-la mais tarde.

Representantes da CPCJ, PSP juntamente com António Nunes

Solange Franco ressalta a importância da sensibilização e da prevenção, enfatizando que não basta apenas lidar com os casos que surgem, mas sim concentrar esforços na antecipação e no evitar desses casos.

Catarina Pombo, psicóloga do Agrupamento de Escolas do Teixoso, acrescenta que se “as crianças se conseguirem perceber que são vítimas será muito mais fácil de detetar e será mais fácil a remoção do dano e a prevenção em vez da remediação.” A psicóloga afirma que todos os anos, o agrupamento de escolas a que pertence é bastante ativo na promoção da proteção às crianças e jovens, sendo um parceiro permanente da CPCJ da Covilhã. E acentua que atividades, como a do laço humano, ajudam as crianças a terem conhecimento dos seus direitos e deveres.

Realçando a importância da educação nos primeiros anos de vida e o seu impacto na vida futura das crianças e jovens, Catarina Pombo deixa um conselho à sociedade: “a educação começa no berço, que tudo se pode fazer e que a educação pode existir sem bater.”

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