‘’Esta iniciativa da CooLabora visa chamar a atenção para a importância ecológica e económica do consumo de base local. Se nos abastecermos de produtos agrícolas e artesanais produzidos no território, estimulamos a fixação de riqueza, criamos redes de proximidade e reduzimos a nossa pegada ecológica. O mesmo acontece quando trocamos livros ou roupas, já que prolongamos a vida útil desses bens’’, afirma Graça Rojão, co-fundadora da CooLabora. Além disso, explicou ainda que ‘’o uso de uma moeda social, o Tear, visa chamar a atenção para as funções do dinheiro enquanto mecanismo facilitador de trocas, bem diferente das funções de acumulação e estimular as compras em rede, isto é, dentro do grupo.’’
‘’Nesta feira estamos a contar com cerca de 35 produtores e produtoras e com várias oficinas de partilha de saberes, bem como música, desporto… O programa envolveu a participação de 12 entidades e, por isso, esperamos que seja um momento de festa, de afirmação da economia local e de reforço do sentido de comunidade’’ declarou.
Ana Jorge Santos, estudante de Psicologia na UBI e voluntária no projeto Coolaboratório da CooLabora sobre Direitos Humanos, contou que a instituição vai levar para a feira a campanha ‘’Existe xenofobia na Covilhã?’’, desenvolvida pelo Colaboratório, que “consiste num posto onde as pessoas podem ter uma experiência visual e auditiva acerca de alguns relatos de pessoas que sofreram xenofobia na Covilhã, apenas através de um computador e de uns headphones. No fim da experiência, haverá um caderno caso as pessoas queiram escrever alguma mensagem, algo que sentiram a ver ou a ouvir os relatos’’.
A discente contou que tem muitas expetativas em relação a esta edição, pois acha que vai ser um evento incrível: ‘’Creio que é sempre bom inserirmos os temas dos direitos humanos neste tipo de eventos culturais, até porque são atividades que movem muita gente, por isso é muito bom termos um espaço de sensibilização’’.
A Coolabora é uma cooperativa de intervenção social, fundada em 2008, que visa ‘’contribuir para o desenvolvimento das pessoas, das organizações e do território, através de estratégias inovadoras de promoção da igualdade de oportunidades, da participação cívica, da educação e formação da inclusão social’’, como consta no site da instituição.