Aluno da UBI entre os melhores do prémio Archiprix 2023

José Chitongua entrou nos 10 finalistas do prestigiado concurso que premeia trabalhos de arquitetura, urbanismo e arquitetura paisagista.

O trabalho de dissertação do aluno do Mestrado Integrado em Arquitetura da Universidade da Beira Interior (UBI), José Chitongua, foi um dos dez finalistas na edição deste ano do Prémio Archiprix, prestigiada distinção académica nas áreas de Arquitetura, Urbanismo e Arquitetura Paisagista. Desenvolvido sob orientação do docente do Departamento de Engenharia Civil e Arquitetura (DECA) José Neves Dias, o projeto tem como título “Ekalo Liwa – A arte de trabalhar a Terra, Projeto do Instituto de Artes e Ofícios no Huambo-Angola”.

A proposta para o Instituto de Formação de Artes e Ofícios de Cambiote (IAOCAM) é concebida através de conceitos arquitetónicos antigos, ainda bem presentes e registados em aldeias africanas, cuja organização é baseada especificamente em geometria fractal. A articulação com preceitos modernistas, como a pureza arquitetónica, com a preciosa tradição da arquitetura vernacular, almeja exibir e valorizar o material construtivo, a terra, visto que essa se constitui como um material de características únicas e com uma variante de perspetivas criativas. Tal matéria-prima traz à arquitetura a própria identidade e materialidade do local, além de evidenciar as suas propriedades físico-estruturais, as quais só entram plenamente em jogo quando esta se apresenta sem revestimento.

De acordo com a sinopse do projeto presente no Anuário do “Archiprix Portugal 2023” onde são apresentados os trabalhos nomeados, o Instituto “será constituído por espaços agrícolas, de educação, de habitação, de cultura e lazer, sendo uma base educacional que possa servir também como equipamento de apoio à comunidade”. Em vista das condições existentes no contexto regional, “será destinado a estudantes de famílias carentes, com baixos recursos económicos”, ficando equipado com “alojamentos para discentes e docentes, facultando um suporte que permita maximizar as condições da população, de modo a garantir educação de qualidade e uma oportunidade para um ensino mais abrangente e completo”.

O Archiprix Portugal foi instituído pela Fundação Serra Henriques e pelo Archiprix Holanda, em 2012, tendo desde então distinguido trabalhos “que melhor refletem a excelência do ensino nas faculdades portuguesas, em toda a sua riqueza e diversidade, em reconhecimento do mérito dos alunos, orientadores e instituições”, salientando apenas um vencedor e até dez menções honrosas de entre os muitos trabalhos a concurso. Este ano, o concurso recebeu mais de 70 candidaturas.

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