Carta Municipal de Habitação em discussão pública

O objetivo é conseguir 115 fogos municipais reabilitados, 35 novos fogos para rendas apoiadas, oito novos fogos para integrar na Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário, 89 novos fogos municipais para renda acessível.

O processo para a aprovação da Carta Municipal de Habitação da Covilhã deu na sexta feira, 14 de julho, mais um passo, com a abertura do período de discussão pública que vai prolongar-se por 30 dias, seguindo depois para aprovação na Câmara e na Assembleia.

Este documento está articulado com a Estratégia Local de Habitação e apresenta-se como um importante instrumento de gestão e planeamento territorial, cuja versão prévia foi apresentada na sessão pública, realizada esta segunda-feira.

Coordenado pela empresa de consultadoria SPI – Sociedade Portuguesa de Inovação, este trabalho inclui um diagnóstico atualizado dos recursos habitacionais do concelho e permite perspetivar as necessidades futuras, bem como conceber uma estratégia municipal para satisfazer as necessidades.

Contando já com os dados dos censos 2021, o diagnóstico cruza os dados habitacionais e demográficos e mostra que o concelho tem um parque habitacional com 35.636 habitações e 20.311 agregados familiares, num rácio positivo que, todavia, também integra cerca de 5.500 fogos vagos e 9.900 de uso sazonal.

Além disso, nem sempre a oferta não coincide com os locais onde há procura, como explicou, durante a sessão, Leonel Ferreira da SPI.

Ao nível da oferta do Município, a Covilhã destaca-se em relação a outros concelhos. Tem 722 casas municipais, havendo também necessidade de requalificação.

Com base no diagnóstico, foram definidas cinco prioridades estratégica, designadamente a valorização habitacional e urbanística dos bairros municipais, a promoção de uma oferta de habitação diversificada e inclusiva no centro da cidade, a criação de uma oferta de habitação acessível nas polaridades urbanas emergentes, a revitalização habitacional dos aglomerados urbanos e rurais do concelho e a inovação para o desenvolvimento da política municipal de habitação e da qualidade habitacional.

O objetivo é conseguir 115 fogos municipais reabilitados, 35 novos fogos para rendas apoiadas, oito novos fogos para integrar na Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário, 89 novos fogos municipais para renda acessível.

Presente na sessão de informação, Regina Gouveia, Vereadora com o pelouro do Parque Habitacional Social, destacou a importância deste instrumento de gestão e o empenho municipal para executar todas as medidas e prioridades.

“O Município da Covilhã faz questão de estar muito focado e na dianteira deste processo que tem que ver com criar condições dignas de habitação”, disse.

Regina Gouveia vincou ainda que a estratégias na área da habitação também são fundamentais para ajudar a atrair pessoas para o território.

“Queremos, no fundo, desenvolver aquilo que são os instrumentos, as medidas e práticas que nesta área se prendem com o ‘habitar”, acrescentou.

 

A versão prévia da Carta Municipal de Habitação pode ser consultada em:

https://link.cm-covilha.pt/carta-municipal-habitacao

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