“Esta enorme distinção fará, a partir de hoje, parte integrante da história da Universidade da Beira Interior”. Foi desta forma que o Reitor da UBI, Mário Raposo, sintetizou a importância da homenagem atribuída pela Câmara da Covilhã à instituição, no 153.º aniversário da elevação da Covilhã a cidade.
Mário Raposo intervinha da sessão do dia 20 de outubro, onde a autarquia entregou à UBI a Chave da Cidade, a maior distinção que a edilidade outorga àqueles que mais se destacam na sua atividade, como reconhecimento dos serviços prestados à cidade e à região, “contribuindo desta forma para o prestígio e projeção da Covilhã”, salientou a autarquia na cerimónia.
A Universidade teve um papel fundamental para que a Covilhã seja hoje um local de ciência e inovação, onde milhares de estudantes, provenientes de todos os pontos do país e de várias nacionalidades, adquirem conhecimento, sendo ainda um exemplo do que pode ser feito para transformar uma cidade e o seu património. “O impacto positivo que esta estratégia teve ao nível urbanístico, ambiental e paisagístico é inegável. Tal como inegável é o grande impacto que a UBI tem na nossa cidade e região”, foi referido pela autarquia durante a cerimónia.
“Esta distinção máxima tem por finalidade reconhecer a nossa UBI, a vossa UBI, como instituição de Ensino Superior que, ao longo da sua existência, soube sulcar difíceis trilhos da evolução do conhecimento, soube encetar a via do crescimento sustentado, soube afirmar-se a nível nacional e internacional”, disse Mário Raposo, salientando: “E soube contribuir, sobremaneira, para a transformação da cidade da Covilhã e dos territórios envolventes em zonas de atratividade, como o testemunham os vários públicos que de todos os cantos do planeta nos visitam e que aqui se fixam, bem como os novos investidores que aqui investem em empresas, baseadas no paradigma da inovação, da competitividade e da sustentabilidade”.
A homenagem surge no ano em que a academia vai festejar os 50 anos do Ensino Superior na região, como destacou o Reitor, é meio século a contribuir para que um número cada vez maior de portugueses possa obter formação universitária.
Esta descentralização possibilitou que pessoas com menos recursos económicos, mas com capacidades pudessem finalmente aceder ao Ensino Superior para continuar os seus estudos. “Eu próprio sou exemplo de uma dessas pessoas, que de outro modo jamais teria possibilidades financeiras de estudar nas universidades então existentes no Litoral do país”, afirmou Mário Raposo.
Mário Raposo lembrou o trabalho dos seus antecessores no engrandecimento da academia – “líderes com grande visão estratégica e capacidade de decisão” – e agradeceu a toda a comunidade académica – alunos, docentes, investigadores, funcionários e graduados.
“Como primeiro reitor eleito, que fez toda a sua formação na nossa instituição, tenho o privilégio de receber esta enorme distinção”, concluiu no discurso que sucedeu à entrega da Chave de Ouro, pelas mãos do Presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, e na pessoa do qual Mário Raposo agradeceu a todos os elementos da autarquia e deputados municipais.