A unidade de investigação LabCom – Comunicação e Artes, sediada na Faculdade de Artes e Letras (FAL) da UBI, promoveu no dia 28 de fevereiro a 1ª edição da Conferência Internacional de Comunicação, Media & Interculturalidade. O evento surge na sequência de um protocolo assinado entre a instituição portuguesa e a Universidade Presbiteriana Mackenzie, no Brasil.
A conferência, dinamizada em três painéis, contou com a participação de quatro investigadores brasileiros, bem como investigadores e docentes da FAL.
O presidente da FAL, André Barata, aproveitou para referir que a iniciativa decorreu de uma reunião anterior e que se centrou na partilha “das investigações que estão em curso dos dois lados”, sendo que “esta será a primeira de muitas no bloco da interculturalidade”.
Já Anabela Gradim, coordenadora do LabCom, esclareceu a programação dos três painéis, dedicados não apenas aos temas da desinformação e literatura, comunicação política, organizações e património, bem como à apresentação dos grupos de pesquisa da UBI.
As fake news e os discursos de ódio, abordados no primeiro momento das jornadas, mostraram ser um tópico importante nas pesquisas da Universidade Mackenzie, através de soluções práticas, nomeadamente na esfera da sintaxe jornalística e da literacia mediática. Rafael Santos, responsável pelo Centro de Comunicação e Letras (CCL), lançou a pergunta “Que espaço há ainda na pesquisa neste campo?”, dando a entender que embora se manipulem as audiências através de técnicas jornalísticas, ainda é viável estudar a linguagem da desinformação.
Roberto Gondo, coordenador de investigação do CCL, e Patricio Dugnani, investigador do mesmo centro, concordam que a Mackenzie é “muito central nas questões da regionalidade”. Nesse sentido, a ideia passa por construir uma rede de conexão internacional, incluindo Portugal e países latino-americanos, com investigações científicas que estabeleçam um pensamento “único e coletivo”.
O último painel, apresentado pelo círculo ubiano, elencou as principais linhas de investigação nos estudos do Jornalismo, Comunicação Estratégica e Media, além da estrutura da LabCom que conta com mais de 20 anos de existência. Gisela Gonçalves, vice-presidente da FAL e diretora do Mestrado em Comunicação Estratégica: Publicidade e Relações Públicas, explica que têm sido desenvolvidos congressos, a fim de afirmar cada vez mais a internacionalização do centro de investigação. A docente salienta também a disposição de trabalhar juntamente com jovens doutorados e investigadores de diferentes nacionalidades.
Espera-se um segundo evento em 2025 e ainda a publicação de um livro em conjunto entre a LabCom e o CCL Mackenzie.
